Há mais de 05 (cinco) anos várias categorias de servidores públicos em Bayeux estão sem reajustes, servidores da Saúde, Apoio e Vigilância estão entre os mais prejudicados. Durante todo esse ano o SINTRAMB buscou de todas as formas dialogar com a gestão municipal, foi assim desde o primeiro semestre, estendendo-se a esse, com realização de reuniões, assembleias, paralisações e protestos na busca de negociar algumas propostas de recomposição para essas categorias.
A defasagem salarial varia entre 28,71% a 42,78%, que representa uma perda significativa no orçamento familiar desses servidores que são obrigados a buscar outros meios alternativos para complementar sua renda. Além disso muitos outros direitos a eles são negados, como vale-transporte, progressões por tempo de serviços e por titulações, insalubridade, risco de vida, periculosidade e o salário-família que tem valor irrisório de R$0,65 (sessenta e cinco centavos).
Após as últimas paralisações e protestos (realizadas em 28/09 e 10/10) conseguimos uma conversa nesta segunda (23) com a procuradoria do município, para dar continuidade no debate da pauta de luta deliberada em assembleia.
Nesta conversa, foi colocado que o município está sem condições de cumprir os PCCR’s, mas foi confirmado ao SINTRAMB que a prefeitura fechou acordo com uma categoria, a dos agentes fiscais de obras. Acordo sem a participação do sindicato, instituição legítima para tratar dos direitos e intermediar acordos dos trabalhadores. O SINTRAMB critica tal postura em dois aspectos, o primeiro por essa ação da prefeitura deslegitimar as reivindicações do sindicato enquanto representação dos servidores, confabulando acordos as escondidas e em segundo lugar por priorizar uma única categoria, criando divergência entre os servidores.
Compreendemos que é direito dos fiscais de obras, assim como todos trabalhadores, terem garantia de reposição salarial, mesmo sendo uma categoria que ganha um salário considerado razoável e bem acima da média das demais categorias em Bayeux, mas criticamos a negociação isolada e a lamentável postura da prefeitura em conceder reajuste salarial para apenas uma categoria, deixando de fora injustamente outras categorias que ganham vergonhosamente um pouco mais que um salário mínimo (R$937,00), a exemplo de vários profissionais da saúde e do apoio.
Informações oficiais confirmadas pela Procuradoria e Administração que essa categoria recebeu reajuste salarial mediante decisão de abrirem mão de uma ação judicial, impetrada por alguns dos fiscais, cujo percentual implantado foi de quase 18%. O mais intrigante é o porquê negociar e oferecer uma proposta de reposição salarial apenas a essa categoria? E por que o impacto financeiro para eles não foi empecilho para o gestor fazer tal proposta? Pois o mesmo sempre deixava claro que o município não teria recursos para nenhum reajuste em 2017. Isso prova que o discurso do prefeito Luiz Antônio contradiz à prática e o favorecimento é bem claro.
Dessa forma, repudiamos a ação da gestão, em querer desrespeitar o sindicato e em priorizar uma categoria. Não podemos aceitar que acordos isolados beneficiem categorias em detrimento de outras.
Vamos continuar buscando os melhores caminhos de continuidade de nossas lutas, seja através de acordos ou por meio das vias judiciais. Os servidores merecem respeito e não iremos permitir que interesses políticos beneficiem um ou outro e possam prejudicar os demais servidores.
SINTRAMB - Renovação, Trabalho e Luta